CYATHEACEAE

Alsophila capensis (L.f.) J.Sm.

Como citar:

; Tainan Messina. 2012. Alsophila capensis (CYATHEACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

352.574,536 Km2

AOO:

52,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Windischi; Santiago, 2012)Segundo registros em herbário, a espécie ocorre em altitudes entre 1.300 m (Pereira, J. B. S., 10, UPCB 69402) e 2.030 m (Caddah, M. K., 748, UPCB 67216).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador:
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

Ascategorias de ameaça não são aplicáveis para esse espécie uma vez que essa tem ampla distribuição e não apresenta ameaças diretas ou uso. Portanto foiconsiderada "Menos preocupante" (LC).

Perfil da espécie:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila densa montana e floresta ombrófila mista (CNCFlora, 2011)
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: A espécie tem hábito arborescente e terrícola, ocorre próximo à beira de córrego no interior de florestas úmida de montanha e floresta úmida com presença de Araucaria angustifoila (CNCFlora, 2012) e Dicksonia sellowiana (Melo; Salino, 2007)

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Floresta ombrófila mista (floresta de Araucária), apresentava uma área de distribuiçãooriginal situada entre 200.000 a 250.000 km². Atualmente os remanescentesflorestais não perfazem mais do que 1% da área original, sendo que florestas emestágios primários ou mesmo avançadas não perfazem mais de 0,7% da áreaoriginal (MMA, 2002). A intensidade da exploração madeireira, desmatamentos e queimadas,substituição da vegetação por pastagens, agricultura, reflorestamentoshomogêneos, espécies exóticas e a ampliação das zonas urbanas no sul do Brasil,iniciados nos primeiros anos do século XX, são as principais ameaças às florestasoriginais. Em Santa Catarina restam a penas alguns remanescentes com aproximadamente2% da cobertura original, que perfazem 4.000 km², distribuídos em fragmentosdispersos (Medeiros et al., 2005) No Paraná os estudos realizados pelo PROBIOAraucária (FUPEF, 2001), indicam a ocorrência de apenas 0,8% de floresta ombrófilamista em estágio avançado, sendo de distribuição dispersa e em fragmentospequenos e médios, não superior a 5.000 ha.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000 ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff; Rodrigues (2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600 ha), 2004 (600 ha) e 2007 (800 ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100 ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
No Estado do Rio Grande do Sul, o desmatamento dos bosques naturais buscou novas fronteiras agrícolas e promoveu o plantio até a borda dos cursos d'água, com perda de vegetação ciliar, uso de adubos químicos de alta solubilidade e aplicação de herbicidas e pesticidas. A longo prazo, tal situação levou a sérios problemas associados, como perda da capacidade produtiva das terras, redução nas colheitas, degradação física, química e biológica dos solos, aumento no custo de produção, assoreamento dos rios e reservatórios, redução na qualidade e disponibilidade da água, aumento no custo de tratamento e danos à vida aquática (Overbeck et al. 2009)
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
As atividades humanas são as que mais ameaçam a conservação do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. No local ocorre a extração de espécies madeireiras (cedro e canela) e árvores de sub-bosque como o palmito. Nos meses entre junho e setembro é comum a origem de focos de incêndio promovidos pelos moradores para eliminar ervas daninha ou mesmo por vândalos e baloeiros. No entanto, a maior ameaça para a região é o crescimento urbano e a construção de condomínios sobre a floresta nativa e escarpas de montanhas (Miller et al. 2006)

Ações de conservação (2):

Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): RPPN Leão da Montanha, SC, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional do Itatiaia, RJ, Parque Estadual Pico do Paraná, PR e Estação Ecológica Instituto Florestal, SP (CNCFlora, 2011).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista da flora de São Paulo, (SMA-SP, 2004)